Aquele cidadão parecia mesmo apaixonado. Escrevia e-mails que te faziam
derreter mais do que calda de chocolate no verão, mandava mensagens de texto
que te colocavam aquele sorrisinho ridículo no canto da boca (e é exatamente
nesse momento que você deve parar, respirar 12345 vezes e pensar: “agora fudeu
tudo, gata”) e telefonava só para ouvir a sua voz. Nos momentos em que vocês
estavam juntos, o mundo podia vir abaixo num enorme tsunami, que você
continuaria estampando aquela exuberante -e inocente- felicidade de cocotinha perdidona de 15 anos.
Dane-se se Osama Bin Laden estiver vivo e planejando um próximo ataque
aos “Estates.” Dane-se se aquela sua professora mala te passou uma porrada de
texto para ler. Dane-se tudo. Por um segundo, o mundo parecia estar imune a
qualquer desgraça.
Como você é mulher, é esperta, é malandra, descolada e também
“bandida”, você sabe muito bem que homem é igual vírus da AIDS. Qualquer
tentativa de se vacinar é em vão. O vírus é mutante. Naquele momento, por mais que
você estivesse com medo de se envolver de novo, você já estava envolvida.
Irreversível. O fato é que quando rola química e afinidade, temos praticamente
tudo para nos deixar envolver. Porque eu acredito que a química e a afinidade
são duas características que não mudam com o tempo. Um bom “encaixe” e uma boa
dose de afinidade são para sempre. Pense nos seus amigos que você passa 12 anos
sem ver, e quando encontra, tem a mais verdadeira sensação de que nada mudou. O
que faz isso? Resposta rápida e óbvia: Afinidade.
Seu conto de fadas (para não dizer conto de “falhas”) parecia perfeito.
Afinidade, química, paixonite e outros adjetivos “mulherzinha” começavam a
fazer parte do seu dia-a-dia. Até que....... Até que o seu príncipe virou um
belo de um sapo e foi pro brejo. Do nada, mudou de atitude, ficou frio,
distante e sem interesse. E aí? Que porra você pode esperar da vida quando
uma merda dessa acontece? (Só falando nesses termos, minha gente)
Não era falsidade do príncipe. O problema é que ele estava movido pelo desafio que você representava, pelo mistério que ele ali encontrou. E você, por algum motivo, parou de representar um desafio. Acho que alguns homens carregam aquele espírito de desbravar terras desconhecidas, de conquistar o impossível, de ganhar um jogo de xadrez. É como se o desafio da conquista estivesse para o seu ex-príncipe, assim como um aminoácido está para um receptor de RNA, saca?
Mas não se preocupa, porque isso não é amor. Isso é síndrome de jogador. É
síndrome de quem não sabe amar pelo amor. O que faz a gente amar alguém? Nada.
Nas palavras de Jabour: “Ama-se justamente pelo que o amor tem de indefinível”.
Você vai ficar maluca se comecar a tentar explicar o porquê de sentir o que
sente. Mas de uma coisa eu sei: O amor verdadeiro não está atrelado aos
artifícios ardilosos de alcançar um desafio.
Também existem muitas pessoas que juram que amam, que choram como se um
pedaço de si tivesse se partido no momento do término, mas, na verdade, essas
pessoas não amam. Elas reclamam que não conseguem se desprender de alguém,
porque não querem se desprender da lembrança de uma boa época que foi vivida,
porque querem guardar uma pessoa como se guarda um souvenir. É uma espécie de
carência, incapacidade de ficar a sós e um apego excessivo, como se o outro
fizesse parte de você. Mas não faz. O amor pode ter terminado, mas a sensação
de posse permanece. Isso é o engraçado das pessoas. O amor passa a ser confundido
com um sentimento de posse, e este passa a representar um valor inestimável na
vida da pessoa.
Sugiro que antes de gritar aos sete ventos que ama loucamente alguém, você coloque a mão na cabeça e pense se, na realidade, você não ama
a sua verdade inventada.
Olivia, gostei muito desse texto. E dos outros também.
ResponderExcluirObrigada, senhor anônimo!
ExcluirPerfeito, perfeito, perfeito, perfeitoooooooo! Nao da esse blog é imbativel. Bom demaaaaiiiissss!!!!! Me faz bem ler seus textos eu fico ate mais leve as vezes, So vc me entende! hahahahahahaha
ResponderExcluirAmandinha!!! Brigada, querida! Aguarde os próximos ;)
ExcluirNii! muito digno seus textos! amo cada um deles! tenho te acompanhado sempre gata!
ResponderExcluirmanda MUITO nos textos...
beijãão
;*
Mandy!!! OlíviaBlack (Ni) agradece! Cola na minha que esses são apenas os primeiros..... Beijos
ExcluirVc tem o dom!
ResponderExcluirparece ate que fui eu que desabafei sem falar nada.. vc e fera demais! escreve muito desde pequenininha!
ResponderExcluirThanks, anônima/Ju!
ExcluirEspero que você saiba que o meu amor é real. Ass. seu admirador secreto.
ResponderExcluirNicole, vc acerta o tom...como te falei hj na PUC, adorei esse e todos os outros textos!!! parabéns pelo blog....show demais!!! Bjs!!!
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